Salário

Como definir sua pretensão salarial?

Por Simone Jaime

Se não está preparado para responder essa pergunta em um processo seletivo, esse texto é para você!

Primeiramente, pretenSão salarial é com “s” e não com “ç”! É sério isso! Pode confirmar no Google rsrs.

Sabendo disso é hora de entender que pretensão salarial significa o quanto você acha que vale o seu trabalho, considerando como referencial o quanto o mercado paga por ele.

Nem sempre as empresas já possuem a definição da remuneração da vaga. Em novas funções elas podem preferir ouvir os candidatos, para conhecer diferentes perfis e expectativas salariais. Depois disso analisam se o que elas oferecem está alinhado aos desejos dos candidatos, além de avaliarem o que elas precisam de competências técnicas (hard skills) e comportamentais/emocionais (soft skills) e quais candidatos atendem a esses pré-requisitos e o quanto já estão ganhando.

Não fique bravo ou inseguro ao ouvir esse questionamento! Acredite que a pergunta é natural e tem sido muito comum! Principalmente aqui, na consultoria, onde somos contratados para “resolver o problema dos clientes” e então, o valor da proposta salarial muitas vezes é revisto, de acordo com os perfis que encontramos durante o processo de seleção.

Se você não sabe o quanto vale, coloca essa decisão na mão de outras pessoas que poderão te considerar em “promoção”.

 

Enfim, para te ajudar a definir a sua pretensão salarial, seguem três dicas importantes:

1)    Se você está empregado, e feliz, para sair você precisa ganhar mais do que ganha, atualmente.

Como dizer o quanto quer ganhar

Muitas vezes o headhunter vai te encontrar, sem que você esteja procurando, ou disponível para uma nova oportunidade. Você poderá ser abordado através do LinkedIn (por isso fique sempre atento às mensagens privadas que recebe) ou alguma ligação. 

Minha dica especial é: Mesmo que esteja bem onde está, se abra para ouvir o que está sendo oferecido. Sempre é bom saber como está o mercado para sua função e quem sabe, movimentar um pouco a zona de conforto, não é verdade? 

Você pode usar esta abordagem, inclusive, para pedir uma revisão da sua remuneração na empresa em que está, mas cuidado para não fazer “leilão”. Fica feio tanto aos olhos do recrutador quanto do seu atual empregador. O formato da sua comunicação é que definirá suas boas intenções.

Voltando ao assunto, vamos aos exemplos: Considere que, se você está trabalhando CLT, ou seja, carteira de trabalho assinada ou como dizem “fichado”, para aceitar uma proposta PJ (Pessoa Jurídica – terceirizada), para valer a pena, você precisa ganhar mais de 50% de aumento, pois, em média, de 30% a 40% ficaria “elas por elas” além de você estar assumindo os riscos que a estabilidade de um contrato celetista não oferece. 

Por outro lado, o trabalhador CLT pode ter descontos em seu salário referentes ao INSS e ao Imposto de Renda – ou seja, o valor que o empregado recebe é sempre menor do que o salário bruto registrado na carteira de trabalho.

Um profissional pode prestar serviços como PJ a uma empresa de forma legal quando não existe relação de subordinação. Em outras palavras, quando o profissional tem autonomia para fazer seu trabalho. Nesse caso o valor da remuneração será maior, visto que não sofre os descontos que o formato CLT leva embora, em média, ¼ do pagamento. 

Em qualquer situação, ter um bom planejamento financeiro é importante!

Sendo assim: Supondo que você ganhe 5.000,00 CLT, para aceitar uma proposta PJ, você poderá pedir, no mínimo, RT$ 7.500,00. 

E se for de CLT para CLT ou PJ para PJ? Obviamente você precisa colocar tudo “na ponta do lápis”. Algumas perguntas relevantes são: Quais os benefícios a empresa oferece? Quais os descontos? Tem PLR ou PPR? Pode incluir dependentes em planos de saúde ou odontológico? Será presencial, híbrido ou home-office? Qual a localização da empresa? Existe uma real oportunidade de crescimento e aprendizado? A empresa possui plano de carreira etc.

Depois de responder todas essas questões, que você tem direito a ter acesso como candidato, você avalia o que está ganhando ou perdendo com a nova oportunidade, e isso entrará em seus cálculos.

 

2)    Se você está empregado, porém infeliz, para sair você pode partir do mesmo tanto que ganha, atualmente.

 

Cuidado para não trocar seis por meia dúzia! Avalie bem a empresa que está te convidando e se questione: o que me faz querer sair da empresa atual existe também na empresa que está me convidando? Busque referências com colaboradores da empresa, ex-colaboradores e até sites de avaliação das empresas como o glassdoor.

3)    Se você está desempregado pode se basear na sua última remuneração, ou considerar a média paga pela sua função no mercado, ou calcular o seu custo de vida, considerando todos os investimentos que já realizou em sua carreira.

 

Eu sinto muito por te dizer isso, mas se você está desempregado há uma grande probabilidade de você precisar dar alguns passos para trás, e aceitar uma remuneração inferior para conseguir uma recolocação. Nem por isso você precisa aceitar qualquer condição! Por isso o termo pretensão salarial mínima tem que estar claro para você. Ou seja, o ideal seria ganhar x, mas no mínimo preciso ganhar y.

Enfim, fazemos essa pergunta todos os dias para os nossos candidatos, e o que percebemos, na prática, é que a grande maioria das pessoas não consegue responder sua pretensão salarial mínima, diferentemente do resultado que obtive em uma enquete realizada em meu perfil no LinkedIn:

Enquete sobre a capacidade de falar a pretensão salarial.

De qualquer forma, como você chegou até aqui, tenho certeza que aproveitou bem esse conteúdo para chegar ao seu valor de pretensão salarial mínima, certo? 

Caso ainda tenha ficado alguma dúvida, comente aqui!

O que achou? Deixe o seu comentário!
Equipe TH

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