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Reprovado no processo seletivo?

Por Evelyn Costa

 

Não fui aprovado no processo seletivo, e agora? Sou um profissional ruim?

Não! Existem vários fatores que podem contribuir para a não aprovação em um processo seletivo. Conversando com uma amiga, paramos para falar sobre o ‘trauma’ que ela tem de fazer entrevistas. Isso aconteceu por já ter feito várias para uma determinada empresa e não ter sido aprovada. Mas recapitulando o histórico o problema não estava com ela e sim o momento que não era o ideal. Ela era muito mais nova, imatura, e talvez não conseguiria entregar tudo que ela poderia naquele momento. Hoje talvez o cenário já fosse outro. Ela já tem muito mais experiência de mercado no ramo, maturidade e desenvolveu outras soft skills necessárias para assumir uma posição como aquela do passado.

Como mencionado, existem muitos fatores que contribuem para a não aprovação de uma pessoa no processo seletivo e nem sempre isso está ligado à capacidade técnica. Às vezes você tem todos os requisitos técnicos, anos de experiência na função e ainda assim isso não ser suficiente. Quando você faz uma entrevista, o próprio recrutador faz um briefing de como é a empresa, o que ela espera do profissional, quais são os valores, missão, propósito e a cultura organizacional. Dali, se você deixa a empolgação de estar em um processo seletivo de lado, já consegue escutar algumas coisas que você mesmo já identificaria que não daria certo para você. Não se engane, o recrutador tem uma escuta muito qualificada e bastante capacidade para perceber como é o seu perfil de trabalho e como isso pode ou não impactar no seu desempenho e motivação dentro daquela empresa/vaga.

Nem todo resultado é consequência das suas qualificações técnicas

 

Perfil correto para a vaga de emprego
Perfil correto para a vaga de emprego

 

Por exemplo: você é um profissional muito dinâmico, inovador, ambicioso, quer sempre melhorar e progredir, mas a vaga que você está concorrendo é para uma empresa familiar, onde não há possibilidade de crescer, não há espaço para ideias e nem dinamismo, pois os processos estão muito engessados. No primeiro mês você já vai desmotivar. Pode ser que na vontade de estar em um novo desafio você nem perceba isso logo de cara na entrevista. Imagina que no seu trabalho, o que mais te empolga é impedido de ser feito? Seria frustrante demais e logo você iria buscar por uma nova oportunidade que pudesse fazer seu coração vibrar novamente.

Por isso a importância do autoconhecimento! Se você sabe o que te motiva, o que te desmotiva no ambiente de trabalho e quais são suas melhores competências profissionais, você mesmo vai selecionar as empresas e vagas que mais tem a ver com você. Inclusive, retirar da sua lista aquela empresa que todo mundo sonha, inclusive você sonhava, mas que de fato não tem nada em comum. Antes da entrevista é importante pesquisar TUDO sobre a empresa, olhar o site, redes sociais, conversar com pessoas que atuam nela pelo LinkedIn ou por alguma rede de conhecidos. Existe um site chamado Glassdoor que é um bom termômetro para conhecer as empresas. Nele os funcionários e os ex-funcionários comentam como é o clima, salário, liderança, etc. e a partir disso, poder decidir se de fato, aquele é o lugar ideal para você se desenvolver enquanto profissional e enquanto pessoa.

Muitas coisas pra você pensar antes de se candidatar a uma vaga

Costumo falar que trabalho é igual casamento. Tem que estar bom para os dois, né? Você passa mais de 8h trabalhando todos os dias. Tem que ser no mínimo prazeroso. Quando você trabalha com algo que te motiva, sua produtividade aumenta. Quanto você se motiva, mais produtivo você é. E quanto mais você produz, mais motivado você fica. É um ciclo. Por isso, é importante pesquisar, para além das competências da vaga, as possibilidades de futuro que você pode ter ali dentro.

O autoconhecimento nos traz capacidade de enxergar e compreender a si mesmo, entender o porquê você sente o que sente, gosta das coisas que gosta, tem os pensamentos que tem e se relaciona de tal forma. Quando investimos em autoconhecimento podemos:

– Desenvolver a Inteligência Emocional;

– Gerar resiliência e flexibilidade;

– Desenvolver Metas e Objetivos;

– Descobrir qual marca queremos deixar no mundo;

– Saber os passos para alcançar a plenitude.

E para além disso, podemos tomar decisões muito mais seguras e conscientes. Isso inclui aprender a dizer não para algumas oportunidades que podem parecer, de início, mais atrativas, porém a longo prazo podem ser uma armadilha para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Para além disso, compreender os ‘nãos’ que recebemos da vida e que isso nem sempre tem a ver com a capacidade que temos enquanto profissional.

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